"Sabemos que o Daesh planeia novos ataques, utilizando os seus combatentes na zona e as rotas que facilitam o acesso ao nosso território, e que a França é claramente o alvo", declarou Patrick Calvar durante recente audiência na Comissão de Defesa Nacional e Forças Armadas da Assembleia Nacional, cujo conteúdo foi divulgado nesta quarta-feira.

"O Daesh está numa situação de tentar atacar o mais rápido e forte possível: a organização encontra-se em dificuldades militares sobre o terreno e tudo fará para vingar-se dos ataques da coligação".

"Se os atentados de novembro passado foram cometidos por suicidas e por gente armada com Kalachnikovs, corremos o risco agora de uma nova forma de ataque: uma campanha terrorista caracterizada por colocar bombas em locais de grande movimento, com o objetivo de criar um clima de pânico", disse Patrick Calvar quase um mês antes do início do Euro2016, que se realiza no país.

A França "é hoje, claramente, o país mais ameaçado" tanto pelo EI como pela rede Al-Qaeda, que tenta "dar a volta por cima" diante da perda de influência no Magreb e na Península Arábica, concluiu o responsável.