Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, a ANMP diz que “Freitas do Amaral foi um homem e um político cuja ação foi muito para além do que habitualmente” se denomina como de “direita e de esquerda, tendo evidenciado, ao longo da sua vida, nomeadamente enquanto Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o seu caráter democrata, humanista e universalista”.
Os Municípios sublinham ainda que, “ao longo das suas quase cinco décadas de vida política, Diogo Freitas do Amaral deixou também, nas leis gerais do País, um significativo contributo para a introdução de alguns dos princípios da tradição municipalista [portuguesa], enfatizando a importância do Poder Local Democrático para o desenvolvimento social de Portugal, no contexto da União Europeia”.
“Recentemente, apesar de já se encontrar doente, aceitou coordenar dois estudos sobre a problemática da regionalização, a convite da Comissão Independente para a Descentralização, cujos resultados comprovam o seu sentido de Estado – o Estado Social que sempre defendeu como homem, como Professor de Direito e como político -, e estiveram na base da defesa, pela referida Comissão, da regionalização em Portugal”, refere ainda a estrutura liderada por Manuel Machado, com sede em Coimbra.
A ANMP recorda ainda que, “quis o destino que as últimas páginas escritas por Diogo Freitas do Amaral tivessem por título ‘Mais 35 anos de democracia – um percurso singular’, uma obra autobiográfica, de memórias, que traça os caminhos plurais de um homem e político singular”.
“A Associação Nacional de Municípios Portugueses, no momento da sua morte, presta homenagem pelo seu contributo para a construção da democracia em Portugal, expressando as mais sinceras condolências à família e associando-se ao luto nacional decretado pelo Governo”.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941. Foi presidente do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974.
Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992, tendo exercido as funções de vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
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