Guy Laliberté compareceu de maneira voluntária na esquadra da polícia na sequência de um pedido das autoridades e ainda nesta quarta-feira deverá ter uma audiência com um juiz de instrução. A justiça vai procurar determinar se a droga que cultiva na sua ilha privada tem ou não por objetivo ser traficada.

A polícia já tinha interrogado há algumas semanas um amigo do milionário canadiano por posse de droga e encontraram fotos das plantações no seu smartphone.

Num comunicado, a empresa Lune Rouge, que gere o Cirque du Soleil, afirma que "Guy Laliberté dissocia-se completamente de qualquer boato que o envolva, de perto ou de longe, na venda ou tráfico de estupefacientes". Guy Laliberté usa a cannabis com "fins medicinais e estritamente pessoais", segundo o comunicado.

O pakalolo, nome polinésio de cannabis, encontrado na ilha do milionário é cultivado num contentor trancado a chave.

"Em Nukutepipi, todos sabem", declarou à AFP, sob anonimato, um dos 120 funcionários do atol privado, situado no arquipélago das Tuamotu. "São dezenas de plantas de paka", completou.

Laliberté investiu na cannabis medicinal no Canadá.

Desde julho deste ano, Guy Laliberté passou também a arrendar o seu atol por 900.000 euros a semana. Os interessados dispõem de 16 residências luxuosas em um cenário paradisíaco.