O anúncio foi feito pelo chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, em Munique, na Alemanha, sublinhando que o interesse de todos os países do G7 “é a proteção de todos os civis, especialmente mulheres e crianças”.
Os Estados Unidos, o Canadá, a França, o Reino Unido, a Alemanha, o Japão e a Itália, que detém a presidência rotativa, também mostraram hoje o seu empenho na Ucrânia, numa reunião dos seus ministros dos Negócios Estrangeiros, à margem da Conferência de Segurança, durante a qual foi feito um minuto de silêncio pelo líder da oposição russa, Alexei Navalni.
“Apelamos à suspensão imediata dos combates, tanto para garantir a libertação dos reféns israelitas” nas mãos do Hamas, “como para ajudar os civis palestinianos”, disse Antonio Tajani.
A posição do G7 é a de “garantir a segurança do Estado de Israel” e está a trabalhar “no sentido de desanuviar” a situação no Médio Oriente, com o objetivo final de chegar a uma solução de “dois povos e dois Estados”.
“Estamos a trabalhar em conjunto com a União Europeia e o G7 numa solução” que “conduza ao reconhecimento mútuo da independência dos dois países, porque só assim a questão será resolvida. Não se trata apenas do conflito atual, mas de planear uma estratégia para o futuro”, afirmou o ministro italiano.
“É óbvio que alguém não quer” essa solução, mas “nós queremos a paz e o fim desta carnificina que levou à morte de milhares de civis”, sustentou.
Antonio Tajani recordou algumas cenas traumáticas que lhe foram contadas por vítimas do ataque do Hamas de 7 de outubro e afirmou que o grupo islamita é responsável pela morte de milhares de civis, mas defendeu que “chegou o momento” de olhar em frente, quando questionado sobre se a Itália tenciona reconhecer a Palestina.
O chefe da diplomacia italiana também explicou que o G7 “apoia o trabalho da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) e apela à sua reforma para que possa tornar-se um protagonista na vida de Gaza”.
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