“Todos os acontecimentos que conduziram à guerra serão investigados no âmbito da comissão de inquérito do Estado: a tomada de decisões a nível político e militar e as ações durante o período da guerra”, afirma o partido de Gantz, Unidade Nacional, num comunicado de imprensa.

Se a proposta for aprovada, a comissão será encarregada de examinar todas as decisões que as agências de segurança, bem como os diferentes ministérios, tomaram a nível político, militar e dos serviços secretos antes, durante e depois de 07 de outubro, que provocaram cerca de 1.200 mortes e o sequestro de 250 pessoas.

A comissão deverá também analisar se Israel respeitou o direito internacional durante a ofensiva em Gaza, o que poderá impedir os juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) de aceitarem o pedido de detenção que o procurador Karim Khan solicitou contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e contra o ministro da Defesa Yoav Gallant, na semana passada.

Os desentendimentos entre Gantz e Netanyahu têm-se acentuado nas últimas semanas, mais recentemente após a última ameaça do ministro ao líder israelita de abandonar o gabinete de guerra se este não aprovar um plano pós-guerra para Gaza até 08 de junho.

Desconhece-se se a proposta vai ser analisada na reunião do gabinete de guerra, prevista para hoje à noite, oficialmente destinada a discutir os esforços para garantir a libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza.

“O gabinete de guerra deverá reunir-se em Jerusalém hoje à noite [às 21:00 – 18:00 em Lisboa] para discutir um acordo de libertação de reféns”, disse um responsável israelita, que solicitou anonimato.

A fonte lembrou que a reunião ocorre numa altura em que foram retomados os esforços para garantir um cessar-fogo no território palestiniano, após mais de sete meses de uma guerra devastadora entre Israel e o Hamas.