O documento, publicado na página da internet daquela força de segurança, indica que a GNR sofreu “uma diminuição, ainda que ligeira, do seu efetivo” no ano passado devido ao “aumento de passagens à situação de reserva de militares”, um número que foi superior ao de novas entradas.

Segundo a corporação, 22.608 militares estavam ao serviço no final de 2016, menos 71 do que em 2015.

No ano passado, 401 militares passaram à situação de reserva para fora da efetividade de serviço, tendo ingressado na corporação 23 oficiais e 327 guardas.

O relatório adianta que em 2016 se iniciou ”uma tendência que se estima que seja mantida até ao ano de 2017, sendo que a partir de 2018 e a manter-se o ritmo de um curso de formação de guardas de apenas 300 elementos/ano, muito provavelmente, a Guarda iniciará, novamente, um ciclo de decréscimo do seu efetivo militar”.

Para a GNR, “as mudanças operadas, a partir do final de 2013, nos critérios de deferimento dos requerimentos de passagem à situação de reserva, contribuíram para tal cenário”.

O mesmo documento indica também que este ano vão ingressar nos quadros da GNR 41 oficiais e 300 guardas, provenientes dos respetivos cursos de formação.

A GNR sublinha que o efetivo militar tem registado “um decréscimo acentuado”, que chegou a contar, em 2008, com 1064 elementos.

“Pese embora a tendência de subida verificada em 2014 e 2015 e que se não se manteve em 2016, não são ainda assim suficientes para alcançar o efetivo militar que já atingidos, na situação de ativo, em anos anteriores”, lê-se no documento.

Quase 12 por cento do efetivo (2.676) têm mais de 35 anos de serviço, o que associado ao fator idade poderá levar “num curto espaço de tempo a uma grande saída de efetivos por reserva, reforma ou aposentação”, avança o relatório, dando também conta que os grupos etários mais representativos estão no intervalo 35-39 anos (4.960), seguido dos 40-44 anos (4.127).

A GNR considera igualmente que as promoções são “essenciais e imprescindíveis para o normal funcionamento da GNR, tendo em conta “a sua estrutura fortemente hierarquizada e a definição das funções correspondentes a cada um dos postos dos militares que integram esta força de segurança”.

No final de 2016, a GNR dispunha de 23.331 elementos na situação de ativo, dos quais 22.608 eram militares (819 oficiais, 2.635 sargentos e 19.154 guardas), sendo uma corporação com mais de 90 por cento do efetivo composto por homens.

De acordo com a GNR, o comando territorial do Porto é a unidade com maior efetivo, com 1.460 militares.

No relatório de atividades de 2016 , a GNR manifesta-se ainda preocupada com “a antiguidade do parque auto”, uma vez que esta situação tem “evidentes reflexos no desempenho operacional”.

Segundo esta força de segurança, a grande maioria dos veículos tem mais de 10 anos de idade, o que, “aliado ao grande desgaste diário, dificulta o serviço a desempenhar”.

O parque de viaturas da GNR é composto, na sua maioria, por viaturas ligeiras e motociclos, totalizam 5.855, tendo sido adquiridas 110 viaturas e abatidas 134 veículos em 2016.

Das 5.855 viaturas, 2.367 tem mais de 16 anos, 1.393 entre nove e 12 anos e 571 entre 13 e 16 anos, 675 de cinco a oito anos e 580 até quatro anos.