
Perante vários milhares de apoiantes reunidos na praça parisiense Vauban, junto aos Inválidos, Le Pen denunciou uma perseguição judicial, tal como outros líderes de extrema-direita, entre os quais citou o vice-presidente do governo italiano, Matteo Salvini.
“Não foi uma decisão da justiça, foi uma decisão política”, disse a dirigente, entre aplausos de militantes e simpatizantes do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), numa manifestação de apoio após a sua condenação por desvio de fundos europeus, que a tornou inelegível para cargos públicos durante cinco anos.
A ação foi convocada pelo atual líder do partido, Jordan Bardella, que encorajou a extrema-direita a sair à rua para protestar contra a decisão judicial, que também condenou Le Pen a quatro anos de prisão (dois dos quais de pena efetiva, atenuados para uso de pulseira eletrónica).
Parte da oposição francesa classificou esta manifestação como um protesto contra a independência do poder judicial em França, um princípio que constitui um dos pilares da democracia.
Nas vésperas do protesto, uma sondagem revelou que quase metade dos franceses (49%), um aumento de sete pontos percentuais num mês, quer que Marine Le Pen seja candidata às próximas eleições presidenciais, em 2027.
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