A temporada alta de golfe na região algarvia inicia-se em setembro – coincidindo com a época baixa do turismo, o que ajuda a esbater a sazonalidade -, mas no último ano e meio houve grandes quebras na procura devido às restrições para combater a pandemia de covid-19, situação que começa agora a alterar-se.
“De setembro a novembro, estamos com níveis muito altos de procura”, afirmou o presidente do Turismo do Algarve, frisando que a retoma neste segmento de mercado pode até “ter procura a partir de fevereiro ou março” de 2022, após o levantamento de restrições às viagens no Reino Unido devido à pandemia.
João Fernandes recordou que o golfe contou sempre com a “infeliz coincidência de as épocas de confinamento coincidirem com os períodos de maior procura habitual” para a sua prática, mas destacou que, “a partir de setembro do corrente ano, passou a angariar uma procura”, impulsionada por “dois fenómenos” que classificou como “interessantes”.
A retoma da procura foi, segundo aquele responsável, influenciada por “sucessivas reservas que eram adiadas e que se confirmaram, os chamados ‘rebookings'”, e por uma “procura de ‘last minute’ [último minuto], muito próxima do local de execução da própria reserva”, mas está “ancorada também numa retoma do mercado britânico e irlandês, que representam 73% das voltas de golfe no Algarve”.
“Estando inclusive a decorrer nestes dias a IGTM [sigla em inglês para International Golf Travel Market], no País de Gales, que é a principal feira do mercado de golfe, tive oportunidade de recolher ‘in-loco’ o ‘feedback” dos 40 campos do Algarve, que é um ‘feedback’ muito positivo, com campos praticamente cheios até final de novembro e ainda com alguma procura dezembro”, afirmou.
Segundo o presidente do Turismo do Algarve, “as expectativas, sobretudo a partir de março, e em alguns casos em fevereiro até”, apontam para um “mercado do golfe que está a retomar em força” e se somam a um “comportamento muito positivo” do principal mercado para este produto no Algarve, o britânico e irlandês.
Já Elidérico Viegas disse à Lusa que as “perspetivas no golfe, atendendo às circunstâncias, estão a ser bastante boas”, com “uma recuperação após quase mais de ano e meio sem turistas e praticamente sem atividade”, no entanto, não está ainda ao nível “daquilo que era habitual antes da pandemia”, notou.
De acordo com o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a modalidade na região “apresenta já recuperação interessante, sendo que o expectável levantamento das restrições nos países de origem dos turistas vai “traduzir-se num aumento gradual da procura para esse segmento de mercado”.
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