Contactado pela agência Lusa, o vice-almirante, que liderou a task-force da vacinação contra a covid-19, admitiu também que as ameaças, cujo teor concreto não quis especificar por estar a decorrer uma investigação policial, possam estar relacionadas com declarações e posições por si assumidas relativamente à morte por espancamento, em março, do polícia Fábio Guerra, e que levaram à prisão preventiva e expulsão da Marinha de dois fuzileiros.

Em seu entender, existe uma “forte probabilidade” de as ameaças estarem relacionadas com o caso da morte do polícia Fábio Guerra e com o facto de ter decidido que não queria aqueles dois fuzileiros indiciados pelo crime do agente da PSP na Marinha.

Gouveia e Melo manifestou ainda “confiança absoluta” em que a Polícia Judiciária venha a esclarecer, na investigação, as motivações das ameaças contra si dirigidas, cuja gravidade, enfatizou, resulta sobretudo do cargo que ocupa.

“De facto, muitas pessoas podem ser ameaçadas independentemente da posição e do posto que ocupam na sociedade, mas tentar condicionar uma entidade que tem responsabilidades como CEMA tem outra leitura” e gravidade, acentuou o vice-almirante, confirmando que está em causa um crime de natureza pública.

As declarações de Gouveia e Melo surgem no mesmo dia em que o Correio da Manhã faz manchete com o caso das ameaças ao vice-almirante, depois de o CEMA ter dito num evento em Setúbal que “tem havido alguns problemas”, ao mesmo tempo que afirma confiar totalmente nas forças policiais e de segurança para responder a este tipo de situações que ameaçam a democracia e as suas instituições.

O Correio da Manhã precisa que as ameaças a Gouveia e Melo se traduziram ainda em carta e em mensagens intimidatórias.

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