A norma, que entra em vigor no dia 1 de julho, exige que crianças e raparigas provem o seu sexo biológico através da certidão de nascimento de modo a terem autorização para competir numa equipa.

"Acreditamos que é muito importante que a integridade dessas competições seja preservada", revelou o governador ao anunciar a medida numa escola cristã na cidade de Jacksonville.

"Na Florida, as raparigas vão praticar desporto feminino e os rapazes vão praticar desporto masculino", disse, completando que o seu Governo irá agir com "base na biologia, não com base em ideologia ao lidar com o desporto".

No Twitter, o governador acrescentou que a medida vai permitir "assegurar que as oportunidades para assuntos como as bolsas escolares das atletas femininas estejam protegidas para os anos vindouros".

DeSantis assinou a medida no primeiro dia do Mês do Orgulho LGBTQ+.

A Axios dá conta de que o estado da Florida é o oitavo — até ao momento — a impedir que os estudantes transgénero possam jogar em equipas que correspondam à sua identidade de género.

A publicação explica também que os legisladores republicanos introduziram um número recorde de leis que visam os jovens transgénero.

No caso dos estados do Arkansas e Virgínia Ocidental, não conseguiram mesmo encontrar provas de que estes atletas causem problemas nas competições, mas ainda assim aprovaram leis semelhantes.

"Aterrador"

O representante do estado da Florida, Carlos Smith, um legislador democrata latino e assumidamente homossexual, considerou a assinatura do decreto como sendo algo "aterrador".

"No primeiro dia do Mês do Orgulho LGBTQ e o @GovRonDeSantis assina a SB 1028, que bane crianças trans do desporto escolar... Isto alimenta a transfobia e coloca as crianças e adolescentes vulneráveis em risco sem motivo", escreveu no Twitter.

A Human Rights Campaign, um grupo de defesa dos direitos da comunidade LGBTQ, anunciou que irá contestar o decreto nos tribunais.

"O governador DeSantis e os legisladores da Florida estão a legislar com base numa premissa falsa e discriminatória que coloca em risco a segurança e o bem-estar das crianças trans", afirmou o presidente da organização, Alphonso David.

"Crianças transgénero são crianças; raparigas transgénero são raparigas. Como todas as crianças, elas merecem a oportunidade de praticar desporto com os seus amigos e fazer parte de uma equipa", rematou.

Com agências