"Aquilo que foi afirmado (...) é ofensivo para a classe docente, visa denegrir a imagem dos professores e educadores de infância que servem o sistema educativo regional, e isso para nós é absolutamente inaceitável", considerou hoje o presidente da direção do SDPA, José Pedro Gaspar, em conferência de imprensa na sede do sindicato, em Ponta Delgada.
O responsável abordava declarações do secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, que na quinta-feira considerou que o SDPA confundiu uma greve com um “prolongamento de férias", ao agendar uma paralisação dos docentes para o período entre 03 e 05 de janeiro.
"A greve não tem discussão, é um direito inalienável de todos os trabalhadores. Agora, de 03 a 05 de janeiro, confundir uma greve quase como um prolongamento de férias creio que não dignifica muito o sindicalismo dito democrático que se reclama da concertação, da ética e da inovação", sustentou aos jornalistas Avelino Meneses, depois de se ter reunido com o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA).
Hoje, o SDPA reiterou o apelo à mobilização dos docentes para a greve no início de janeiro, advogando que o governo regional não deve aguardar o descongelamento de carreiras a nível nacional, antes devia ter em conta que "o desfasamento nas progressões é maior" na região autónoma.
"Há, da parte do Governo Regional dos Açores, disponibilidade para resolver os problemas da classe docente?", interrogou José Pedro Gaspar, que não exclui outras formas de luta no futuro caso não surja a abertura de um "processo negocial" com o executivo liderado pelo socialista Vasco Cordeiro.
O Governo dos Açores sublinhou na quinta-feira que, a partir de 01 de janeiro, cerca de 2.000 professores serão abrangidos nos Açores pelas progressões na carreira docente.
A greve convocada pelo Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA) decorre entre 03 e 05 de janeiro.
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