Em entrevista ao jornal “The Daily Telegraph”, o ministro disse “não ver” como poderá ser convocada uma nova consulta popular tendo em conta que foi realizada uma em 2014, quando 55% dos escoceses votaram para permanecer no Reino Unido.
A intenção da primeira-ministra da Escócia, a nacionalista Nicola Sturgeon, é aprovar uma proposta de lei no Parlamento regional para a realização de um segundo referendo ainda nesta legislatura, após superada a crise da pandemia covid-19.
Para Gove, que é responsável pelas relações com a Escócia e as outras regiões (País de Gales e Irlanda do Norte), seria “imprudente e tolo” realizar uma nova consulta enquanto o país recupera da pandemia.
“Acho estúpido falar de um referendo agora, quando estamos a recuperar-nos da covid-19”, disse Gove, acrescentando que o primeiro-ministro “está totalmente empenhado em garantir que, durante a legislatura deste Parlamento, as oportunidades económicas aumentem e as pessoas tenham a oportunidade de melhorar as suas vidas”.
Para realizar um referendo à independência, apesar de ter autonomia para questões como a Saúde ou Educação, o Executivo escocês precisa da autorização do Governo britânico.
O SNP argumenta que a saída do Reino Unido da União Europeia, à qual 62% dos escoceses se opuseram, alterou as circunstâncias e justifica uma nova consulta popular.
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