A Resolução do Conselho de Ministros de 14 de junho indica que passam à fase seguinte da competição para a compra do Mercantile Bank - a fase de apresentação de propostas vinculativas - os bancos sul-africanos Nedbank Group e Capitec Bank, o consórcio composto pela sociedade Arise BV (criada em 2017 por Norfund, FMO e Rabobank) e a empresa sul-africana Grindrod Limited e o consórcio Riqueza, composto pela Public Investment Corporation (em nome do Government Employees Pension Fund, segundo o Governo) e Bayport Financial Services.
Já de fora ficaram 14 entidades - Africa Rising Holdings, Consórcio Barbican + RiverRock (composto pela Barbican Advisory Group (Pty) Limited e RiverRock MasterFund IV S.C.A, SICAV - SIF Luxembourg), Bele Life Limited, Bidvest Group, Consórcio Capricorn + ARC (composto pela Capricorn Investment Group Limited e African Rainbow Capital Financial Services Holdings), Elgacol Limited, Ellada Holdings, Consórcio Ignite (composto pela United Royal Kingship Holdings, PGC Group, NEHAWU Investment Holdings, Black Business Council Capital e um conjunto de outros investidores individuais), Kleoss Capital, Numsa Investment Company, Pomithafa Logistics Limited, Sasfin Holdings Limited, Taxi Investment Holdings e, por fim, o Consórcio Zweliyaduma (composto pela FedGroup Financial Services (Pty) Limited, Argon Capital Partners (Pty) Limited, Sigma Capital e AfricInvest Capital Partners).
Estes investidores ainda podem, contudo, vir a ser chamados a apresentar propostas vinculativas "caso tal se afigure necessário para garantir a competitividade durante a segunda fase do processo ou para garantir o próprio sucesso da operação", refere o Governo.
Na operação de venda do Mercantile Bank, a CGD convidou 99 investidores a apresentarem intenções de aquisição, tendo sido recebidas "18 (...) indicativas da totalidade ou parte da participação social detida pela CGD na Mercantile".
Cabe agora à CGD convidar os quatro selecionados a apresentarem propostas vinculativas.
A redução da operação da CGD fora de Portugal, incluindo na África do Sul, foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.
A Caixa Geral de Depósitos teve lucros 68 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que compara com prejuízos de 38,6 milhões de euros do mesmo período de 2017, sendo que 30 milhões de euros vieram da atividade doméstica e 38 milhões de euros da atividade internacional.
Sobre a venda do banco na África do Sul, em março de 2017, quando essa intenção foi conhecida, representantes da comunidade portuguesa disseram à Lusa que essa decisão revela que Portugal somente se interessa pelas remessas dos emigrantes.
Na África do Sul vivem cerca de 400 mil portugueses e lusodescendentes.
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