“Há uma coisa que fica muito clara é que o tema que tem sido ventilado da escassez de recursos é um tema que está ultrapassado, não há falta de barcos na Soflusa, nem na Transtejo [ambas as empresas operam no serviço de ferry na região de Lisboa]”, declarou o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, à margem de uma reunião com os sindicatos dos trabalhadores da Soflusa, no Terminal Fluvial do Cais do Sodré, em Lisboa.

De acordo com o governante, as contratações que estão em concurso resolveram o problema da escassez de recursos, portanto “o único tema que esteve em cima da mesa foi a reivindicação salarial dos mestres, que estão em greve”.

A negociação entre o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade e os sindicatos vai continuar esta tarde com a presença do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM), representante dos mestres que estão com o pré-aviso de greve, uma vez que este não conseguiu comparecer no início da reunião, no Terminal Fluvial do Cais do Sodré, em Lisboa.

Após reunir-se com o STFCMM, José Mendes espera conseguir chegar a uma conclusão sobre o processo de negociação, estando prevista uma nova declaração aos jornalistas.

A trabalhar no sentido de “encontrar equilíbrios”, procurando envolver as diferentes forças sindicais, o governante revelou que “a maioria delas se mostram colaborativas para encontrar uma solução perante um problema, que é um problema agudo”, referindo que existem “alguns navios parados e o transporte fluvial tem que servir as pessoas”.

“Estamos a fazer um trabalho muito, muito aturado de encontrar uma solução equilibrada”, reforçou o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, manifestando-se “otimista” em relação a um acordo com os sindicatos, para que a greve dos mestres seja suspensa.