"O Governo português condena veementemente o violento ataque contra as instalações da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA), ontem [domingo] ocorrido em Aguelhok, região de Kidal" adiantou hoje, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Dez capacetes azuis chadianos morreram e pelo menos 25 ficaram feridos no ataque no norte do Mali, entretanto reivindicado pelo grupo extremista Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI).
No mesmo comunicado, Portugal manifesta "total solidariedade com as Nações Unidas e com o Chade" e transmite às famílias "sinceras condolências", desejando "igualmente o rápido restabelecimento dos feridos".
"O Governo português considera que qualquer ataque contra as Nações Unidas constitui um ataque contra a toda comunidade internacional, bem como uma violação flagrante do direito internacional", sublinha o comunicado.
No texto, o Governo português reafirma o seu compromisso de continuar a "participar ativamente, quer na MINUSMA, quer nas missões e operações da União Europeia no Sahel, contribuindo para a paz e estabilidade na região".
Segundo a MINUSMA, o ataque à sua base em Aguelhok foi um "ataque complexo" levado a cabo por numerosos terroristas que chegaram de surpresa a bordo de vários veículos armados.
Os capacetes azuis responderam com firmeza e mataram vários dos atacantes, segundo as Nações Unidas.
Destacada desde 2013, no norte do Mali, a MINUSMA é composta por 12.500 militares e polícias, sendo atualmente a missão de manutenção de paz das Nações Unidas que tem registado mais vítimas entre as suas fileiras.
De acordo com o balanço feito em abril no ano passado, cerca de 160 capacetes azuis já tinham morrido no país, sendo 102 em atos hostis, constituindo mais de metade dos soldados das Nações Unidas mortos durante este período em todo o mundo.
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