“Temos todos que trabalhar muito nisto. Precisamos de mobilizar-nos, todos nós, nesta campanha de que estudar mais é preciso”, afirmou.
A secretária de Estado falava na Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, distrito de Castelo Branco, durante a sessão solene de abertura o ano académico e atribuição de doutoramentos “honoris causa”.
A governante lembrou que apenas um em cada três jovens com idade para o efeito está a frequentar o ensino superior, número que não considerou aceitável.
“Este é um número que no mínimo nos deve preocupar a todos”, afirmou, sublinhando que “não é possível encarar tranquilamente o futuro” tendo como referência “níveis ainda tão frágeis de formação”.
Maria Fernanda Rollo lembrou que alterar esta realidade passa por um “trabalho conjunto”, mas sublinhou que é fundamental seguir esse caminho de modo a contribuir para a afirmação do país no contexto internacional, bem como na construção de um país mais justo e desenvolvido.
“Temos bem consciência de que essa formação é necessária em termos de realização pessoal e para construirmos um país com mais justiça, mais equidade e mais bem-estar para todos nós”, referiu.
Durante a cerimónia, o reitor da UBI, António Fidalgo, também focou a sua intervenção na importância do ensino da ciência e destacou a importância de não se reduzir a “ciência a um conjunto de conhecimentos certos” e o seu ensino a “uma simples aquisição de conhecimentos transmitidos pelos mestres de outrora ou de agora”.
“Queremos que os jovens e os menos jovens que formamos sintam a fascinação da ciência, a fascinação de entender o que nos rodeia, que nos causa estranheza e nos leva a perguntar ‘porquê?’”, apontou, salientando que “a ciência é a atitude permanente dos porquês e da busca incessante de encontrar respostas para essas perguntas”, fundamentou.
António Fidalgo salientou “o percurso de esforço e perseverança na superação de obstáculos”, bem como a “obtenção de sucessos” e a consequente afirmação desta instituição como “uma universidade segura de si e respeitada pelos outros”.
Um caminho de sucesso que, prometeu, continuará a ser trilhado: “É este ambiente de trabalho, de paixão e partilha entre docentes, discentes e funcionários que queremos intensificar e, assim, fazermos uma UBI mais viva e mais vibrante”.
Esta sessão contou ainda com a atribuição de três doutoramentos “honoris causa” atribuídos ao poeta António Salvado, à historiadora Elisa Pinheiro e ao engenheiro Ryszard Kowalczyk, três personalidades ligadas à história da instituição e à cultura nacional.
“É nosso privilégio podermos colher as suas experiências e reconhecer publicamente a entrega e generosidade com que, ao longo das suas carreiras, se dedicam à cultura e à ciência, engrandecendo-as”, enfatizou o reitor, referindo-se aos três homenageados.
Comentários