Em audição no parlamento, na Comissão de Ambiente e Energia, o governante anunciou que o Governo vai “criar a figura de uma reserva estratégica nacional de gás que não existe, à semelhança do que existe nos combustíveis”.
João Galamba explicou que as reservas de gás existentes “são dos operadores”, sendo que o executivo vai “aumentar o número de cavernas e o volume de armazenamento em Portugal, no Carriço”.
“Neste momento, há seis cavernas utilizadas pela REN e em princípio vamos avançar com mais três que serão as cavernas que permitirão armazenar esta reserva que hoje não existe”, destacou.
Segundo João Galamba, “Portugal tem níveis percentuais muito elevados de gás, mas a quantidade é pequena”, sublinhando que o país só tem gás armazenado para 19 dias e há países com 30 e 40 dias de reserva.
“Tradicionalmente somos um consumidor em contraciclo face a Europa. Consumimos mais gás no verão e menos no inverno e na Europa é o oposto”, uma vez que “quase não usamos gás no aquecimento doméstico”.
Ainda assim, estes investimentos, cujo valor não detalhou, “servem para o futuro”, porque “ao contrário de sistemas sem ser em cavernas, não podem ser adaptados para hidrogénio”.
Na mesma audição, Galamba garantiu que os investimentos que estão previstos no plano de investimento na rede nacional PDIRG “não são de expansão da rede de gás, o que há são investimentos normais de manutenção de ativos que existem sempre e os únicos novos são de adaptação a esta rede à introdução de gases renováveis”, garantindo que são montantes “reduzidos” e que o Governo “será cauteloso”.
“Mas na rede de distribuição, sabemos que há várias pretensões de expansão significativa” para “cativar novos consumidores domésticos”, disse, garantindo que “tirando as concessões recentemente aprovadas que visavam corrigir situações de injustiça territorial, nomeadamente em concelhos do interior do Douro, o Governo não aprovará nenhuma expansão para cativar nenhum novo consumidor doméstico nas redes de gás”.
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