O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, disse esperar “milhares de enfermeiros” nesta manifestação, em que os profissionais apelam ao Governo para a constituição de uma carreira justa.

O dirigente sindical referiu que a paralisação de seis dias, que hoje termina, registou sempre adesões superiores a 60%

Da parte da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), Lúcia Leite considerou que mais importante do que os números da adesão, ou da participação na manifestação, é o impacto que a paralisação teve nos serviços de saúde.

Lúcia Leite entende que estes protestos são uma demonstração da revolta entre os profissionais, dando como exemplo enfermeiros com funções de coordenação que apenas levam para casa cerca de 700 euros por mês.

“Quem luta sempre alcança” ou “queremos a mudança” são algumas das palavras de ordem gritadas pelos enfermeiros que, pelas 14:45, começaram uma marcha até ao Ministério da Saúde.

Os enfermeiros exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.

Reivindicam, entre outras matérias, que a Carreira Especial de Enfermagem seja aplicável a todas as instituições do setor público/SNS e a todos os enfermeiros que nelas exercem independentemente da tipologia do contrato e que sejam consagradas as condições de acesso à aposentação voluntária dos enfermeiros e com direito à pensão completa sejam os 35 anos de serviço e 57 de idade (base inicial para negociação).

No primeiro dia de greve, a 10 de outubro, o então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes (substituído no cargo esta semana por Marta Temido), afirmou que o Governo tem “uma vontade enorme” de chegar a um entendimento com os enfermeiros sobre o modelo de carreira e valorização profissional, considerando que a reivindicação é justa.

Esta greve de seis dias (não seguidos) foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal e pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros.

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