Por volta das 09:20, face à falta do professor e a ausência de um docente para dar aula de substituição, vários alunos concentravam-se à porta da Escola Secundária Avelar Brotero, à espera de luz verde do porteiro para saírem.
À saída, era visível o ar de satisfação dos estudantes, a maioria a escusarem-se a falar à comunicação social.
Martim, do 11.º ano, contou que a primeira aula da manhã acabou por não se realizar, por o professor ter aderido à greve.
"Qualquer aluno que não tenha aulas fica feliz, claro", sublinhou o aluno, referindo que haverá colegas de mais "seis ou sete turmas" que não tiveram as primeiras da manhã devido à greve.
Sobre o resto do dia, os alunos ficam na expectativa de saber se haverá mais "furos".
“Não sabemos. Estamos às cegas", contou José, também do 11.º ano, que não sabia que ia haver greve.
Apesar da saída de alguns alunos, a maioria encontrava-se dentro da escola, no hall de entrada.
Pelas 10:30, a debandada de estudantes foi maior.
Em passo apressado, por causa da forte chuva que se fazia sentir, os estudantes encaminhavam-se para as paragens de autocarro ou para o centro comercial junto àquela escola.
"Não vamos ter mais aulas hoje", contou à agência Lusa João Pedro, do 11.º ano, referindo que está "mais ou menos" satisfeito com os "furos".
Segundo o estudante, "há aulas que preferiam ter, outras que não", mas o sentimento geral é de "satisfação" dos alunos, sendo que a maioria "não sabia que ia haver greve".
No concelho de Coimbra, segundo informações do Sindicato dos Professores da Região Centro recolhidas até às 10:15, encerraram as escolas de primeiro ciclo de Santa Apolónia, Almedina e Bairro Norton de Matos e seis jardins de infância.
No distrito, também se regista o encerramento do Centro Escolar de Vila Nova de Poiares e duas escolas de primeiro ciclo na Figueira da Foz.
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