Em declarações à agência Lusa, Paulo Milheiro, coordenador regional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários (SNTF), disse que, num universo de 100 trabalhadores da EMEF no Porto, a maioria – cerca de 80 trabalhadores – decidiu no plenário desta tarde manter a greve “até dia 12 de maio”.

“Se não houver respostas da administração da EMEF e ou do Governo, vão manter estas formas de luta”, referindo que até ao final do mês de abril não haverá metro do Porto, cuja adesão tem sido desde de 29 de março praticamente 100%”, disse Paulo Milheiro.

A par da continuação das paralisações entre 01 até 12 de maio, foi também decidido efetuar um “dia de concentração, que deverá ser no dia 03 de maio, junto à Torre das Antas, no Porto”, acrescentou aquele dirigente sindical.

As reivindicações dos trabalhadores da EMEF relacionam-se com a “atualização salarial que não acontece desde 2009”, mas também com a “atualização do subsídio de turno” e a “atualização de regulamento de carreiras”.

Paulo Milheiro referiu ainda que a EMEF precisa de recrutar cerca de 80 trabalhadores para as “dez oficinas do país”.

A paralisação dos trabalhadores da EMEF começou numa primeira fase a 12 de março desde ano, com três horas por turno e, numa segunda fase, de 29 de abril até 12 de maio de forma ininterrupta.

Em todo o país existem cerca de dez oficinas da EMEF com um total que ultrapassa um milhar de funcionários.

A Metro do Porto está a informar hoje na sua página oficial da Internet que "face às últimas notícias relativas ao impacto que a greve dos trabalhadores da EMEF, poderá causar na sua operação regular" e que caso a greve não venha entretanto a ser desconvocada, "poderá a haver necessidade de suprimir viagens e que numa situação limite, devido à indisponibilidade de veículos para assegurar o serviço em totais condições de segurança, coloca-se o cenário de algumas linhas poderem vir a ser temporariamente encerradas”.

Segundo fonte oficial da transportadora, “embora não seja parte neste diferendo entre trabalhadores e a sua entidade patronal, a Metro do Porto fará tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar a melhor capacidade e qualidade de serviço possíveis”.

Na segunda-feira passada, Paulo Milheiro tinha avançado à Lusa que, por falta de manutenção, “dos 72 veículos existentes [no metro do Porto] estão a andar menos de 40”, sendo que, “no final do mês, provavelmente não haverá metro”.

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