De acordo com a informação divulgada, entre as 00:00 e as 12:00, dos 272 comboios programados nos Urbanos de Lisboa, foram suprimidos 187 (68,8%), enquanto nos Urbanos do Porto foram suprimidos 72 dos 109 programados (66,1%) e nos Urbanos de Coimbra circularam apenas cinco dos 15 previstos (66,7%).

No serviço regional houve a supressão de 91 dos 134 comboios programados e no Longo Curso de 23 dos 31 previstos, traduzindo-se em taxas de supressão de 67,9% e 74,2%, respetivamente.

Vários sindicatos deram início no dia 28 de março a novas greves no setor ferroviário, que abrangem a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP, até ao final deste mês, incluindo um dia de 24 horas, que hoje se cumpre.

Segundo a CP, foram realizadas as 178 ligações previstas nos serviços mínimos para a primeira metade do dia, 85 das quais nos Urbanos de Lisboa, 37 nos Urbanos do Porto e cinco nos Urbanos de Coimbra, assim como 43 no serviço Regional. Já no Longo Curso cumpriram-se oito ligações referentes aos serviços mínimos.

Depois de vários dias em greve entre as 00:00 e as 02:00, os trabalhadores cumprem hoje uma paralisação de 24 horas. A partir de sexta-feira, e até 30 de abril, a greve na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.

Além disso, até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.