"Nós [Governo] estamos cheios de vontade de chegar a um acordo. Estamos a dar os passos necessários. Para se chegar a um acordo é preciso que haja vontade, vontade das duas partes", afirmou Raquel Duarte.

A governante deslocou-se hoje a Castelo Branco, onde inaugurou a primeira Unidade de Saúde Familiar (USF) do distrito que fica a funcionar nas instalações do Centro de Saúde de S. Miguel.

Questionada pela agência Lusa sobre o eventual prolongamento da greve dos enfermeiros até ao final do mês, a governante disse que a greve é um direito que lhes assiste.

Os enfermeiros admitem prolongar a greve em blocos operatórios, que está em curso até ao fim do mês, e garantem que "não vão desistir da luta", segundo o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros.

"O que temos que garantir é que são prestados os cuidados mínimos e que não há que colocar em risco a população. O Governo e o Ministério [da saúde] estão a fazer todo o esforço possível para chegar a um acordo e para chegar a um acordo é preciso que haja vontade", sublinhou.

Raquel Duarte referiu ainda que aquilo que está a ser feito é aquilo que se faz sempre que há uma greve, organizar os serviços, dar resposta aos serviços mínimos e tentar chegar a um acordo.

"Uma greve afeta, obviamente, a população. É preciso é que haja uma resposta. Há uma resposta de serviços mínimos. Uma greve tem sempre algum impacto, obviamente que tem", concluiu.

A greve de longa duração está a decorrer nos blocos operatórios do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal.

Foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), embora inicialmente o protesto tenha partido de um movimento de enfermeiros que lançou um fundo aberto ao público que recolheu mais de 360 mil euros para compensar os colegas que aderissem à paralisação.

Questionada sobre o regresso, na quarta-feira, dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica aos protestos com uma greve que decorrerá em dias intercalados até ao final do mês para exigir a conclusão do processo negocial de regulamentação das carreiras, a secretária de Estado insistiu que "as greves são um direito que as pessoas têm".

"As pessoas têm que ser ouvidas e temos que chegar a um acordo. Todos nós temos um objetivo comum que é a saúde da população. E é o nosso objetivo que a população tenha saúde", concluiu.

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