A sessão está agendada para as 11:00 no Tribunal de Sintra, após um primeiro adiamento ocorrido em 26 de julho, justificado pelo tribunal com a complexidade do acórdão.
Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público (MP) pediu penas entre os sete anos e meio e os 22 anos de prisão para seis dos dez arguidos que estiveram diretamente envolvidos no assalto.
Quanto aos outros quatro arguidos no processo, que respondem por diversos crimes, incluindo branqueamento de capitais ou detenção de arma proibida, o procurador do MP admitiu que, face à falta de prova produzida em julgamento, estes devem ser absolvidos.
Dos dez arguidos – com idades entre os 28 e os 46 anos, residentes nos concelhos de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra (distrito de Lisboa) – três cumprem penas de prisão por outros processos e quatro encontram-se em prisão preventiva ao abrigo deste processo.
Os seis principais arguidos, que participaram no assalto à carrinha de valores, armados com duas caçadeiras, um revólver e uma pistola, estão acusados de dois crimes de roubo qualificado consumado, um crime de furto, três de falsificação de documento agravado e um de detenção de arma proibida.
Quatro destes arguidos estão ainda acusados, em coautoria, de um crime de homicídio qualificado e de um crime de roubo qualificado na forma tentada, enquanto três respondem ainda por um crime de roubo qualificado consumado, um crime de furto, além dos crimes de branqueamento de capitais e detenção de arma proibida.
Segundo a acusação do Ministério Público, a que a agência Lusa teve acesso, os funcionários da carrinha de valores foram barrados por duas viaturas quando transportavam sacos com moedas do hipermercado, em Lourel.
Em 28 de fevereiro de 2016, após consumarem o assalto à carrinha de transporte de valores, os seis suspeitos fugiram na direção da Autoestrada 16 (A16), mas a viatura em que seguiam despistou-se, levando a que tivessem procurado fazer parar e roubar outras viaturas para continuarem a fuga.
Um deles alvejou com uma caçadeira ‘shotgun’ um automobilista, de 49 anos, que não parou a carrinha onde seguia com a mulher e a filha de seis anos, levando ainda a viatura até às portagens de Algueirão-Mem Martins, onde acabou por morrer.
Três arguidos respondem também pelo assalto a outra carrinha da Esegur, quando abastecia uma caixa multibanco numa papelaria na Ramada (Odivelas), mas apenas conseguiram roubar 910,20 euros, por terem sido detetados por supervisores da empresa de transporte de valores.
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