O vulcão, de 3.763 metros de altitude, situado 35 km a sudoeste da Cidade da Guatemala, "voltou à atividade considerada dentro dos parâmetros normais, finalizando a quinta fase eruptiva do ano", iniciada na manhã de domingo, disse aos jornalistas David de León, porta-voz da Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred), entidade a cargo da Defesa Civil.
O período eruptivo durou 32 horas, causando explosões especialmente violentas entre a meia-noite de domingo e a manhã de segunda-feira, o que levou as autoridades a declarar o alerta vermelho, que só será reduzido mediante nova análise dos vulcanólogos.
De León indicou que, por segurança, está previsto que os milhares de evacuados provocados pela erupção comecem a voltar para os seus lares a partir da terça-feira em autocarros, embora alguns vizinhos já tenham regressado por meios próprios.
O porta-voz esclareceu que apesar do fim da erupção, nos próximos dias será possível observar remanescentes fluxos de lava que desceram da cratera até os barrancos naturais.
O aumento efusivo da atividade levou à evacuação de 4.123 pessoas de comunidades dos departamentos de Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango, próximos ao vulcão, disse aos jornalistas Walter Monroy, subdiretor da Conred.
Monroy explicou que 2.330 pessoas foram alojadas em quatro abrigos habilitados pelas autoridades, e que os demais encontraram refúgio com familiares em zonas seguras.
Perto de 1.500 moradores foram instalados em tendas no estádio de futebol da cidade de Escuintla (sul).
Nos picos mais intensos da erupção, as colunas de cinzas chegaram a superar 1.000 metros sobre a cratera, provocando uma chuva de partículas em povoações próximas e que, devido ao vento, poderiam alcançar a turística cidade colonial de Antigua Guatemala, segundo informações do Insivumeh.
Além disso, o vulcão expeliu colunas de lava de cerca de 500 metros sobre a cratera com descidas de fluxos piroclásticos, uma mistura de gases, cinzas e pedras quentes, em barrancos do oeste do vulcão, acrescentou o comunicado.
A fase eruptiva anterior do vulcão de Fogo foi registada entre 6 e 9 de novembro, sem vítimas nem danos.
No último 3 de junho o vulcão teve uma potente erupção que provocou uma avalanche de material ardente que devastou a comunidade San Miguel Los Lotes, deixando 194 mortos e 234 desaparecidos.
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