Num comunicado divulgado online, os procuradores da região de Kharkiv disseram ter encontrado uma cave onde as forças russas alegadamente torturaram prisioneiros na aldeia de Kozacha Lopan, perto da fronteira com a Rússia, antes de retirarem.
As imagens divulgadas mostram um telefone de rádio militar russo TA-57 com fios adicionais e clipes a ele ligados, aparelhos da era soviética que as autoridades ucranianas afirmam que as forças russas usam como fonte de energia para eletrocutar prisioneiros durante interrogatórios.
O Ministério da Defesa britânico avisou, entretanto, que a Rússia provavelmente aumentará os seus ataques a alvos civis, uma vez que sofre derrotas no campo de batalha, e as autoridades ucranianas relataram bombardeamentos russos esta noite a atingir cidades de uma vasta extensão da Ucrânia.
“Nos últimos sete dias, a Rússia aumentou a sua mira em infraestruturas civis, mesmo onde provavelmente não vê nenhum efeito militar imediato”, disse o ministério num ‘briefing’ online.
“À medida que enfrenta contratempos nas linhas da frente, a Rússia provavelmente estendeu os locais que está disposta a atacar numa tentativa de minar diretamente a moral do povo e do governo ucranianos.”
No sábado, um ataque russo matou quatro médicos que tentaram evacuar um hospital psiquiátrico na aldeia de Strelecha, região de Kharkiv, disse o governador Oleh Syniehubov, e dois pacientes ficaram feridos.
Perto da cidade de Zaporijia, o comboio de veículos em que seguia o cardeal do Vaticano Konrad Krajewski ficou debaixo de fogo no sábado, enquanto descarregavam mantimentos, informou o serviço de notícias do Vaticano, forçando-os a procurar cobertura.
“Pela primeira vez na minha vida, não sabia para onde fugir. Porque não basta correr, é preciso saber para onde ir”, disse o cardeal polaco.
Do outro lado da batalha, as forças separatistas que controlam grande parte de Donetsk acusaram hoje os ucranianos de bombardearem uma colónia de prisioneiros de guerra em Olenivka, matando um prisioneiro e feriu quatro.
Mais de 50 prisioneiros de guerra foram mortos num ataque de julho à prisão de Olenivka, do qual as autoridades russas e ucranianas se acusam mutuamente.
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