O jornal brasileiro publicou hoje uma ampla reportagem sobre o caso, referindo que falou com o alegado pirata informático, que se identifica com o pseudónimo Zambrius na internet.
O suspeito afirmou que agiu sozinho, em Portugal, munido apenas de um telemóvel porque estava sem acesso a um computador.
“Estou sem computador. Se o tivesse, acredite que o ataque teria um impacto muito maior”, escreveu o ‘hacker’, de 19 anos, que disse dedicar-se a explorar vulnerabilidades dos sistemas informáticos.
No dia da votação, a Polícia Federal do Brasil já havia identificado Portugal como a origem de um dos ataques ao sistema informático do TSE, ocorrido antes de 23 de outubro, e que, segundo as autoridades, não afetou as eleições municipais no domingo.
“Foi um vazamento [de informações] sem nenhuma relevância e sem qualquer importância para o processo eleitoral (…) Este ataque aparentemente teve a sua origem em Portugal e, sempre lembrando, as urnas [eletrónicas] não estão em rede [conectadas à internet], portanto, não estão vulneráveis a nenhum tipo de ataque durante o processo eleitoral”, disse no domingo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.
Pouco depois das 10:00 de domingo (horário de Brasília, 13:00 em Lisboa), os sistemas informáticos do TSE voltaram a ser atacados numa outra ação, que não terá tido origem em Portugal.
“Houve de facto uma tentativa de ataque hoje [domingo, dia das autárquicas], com uma quantidade de acessos massivos para tentar derrubar o sistema. Este ataque foi neutralizado e não produziu nenhum tipo de impacto”, disse Barroso.
Ao Estadão, o alegado hacker disse que também foi autor da tentativa de derrubar o sistema no domingo e justificou que só atacou o TSE porque o tribunal declarou ter reforçado a segurança de seus sistemas informáticos.
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