“Se Israel concordar com as exigências do Hamas, que incluem o regresso dos palestinianos deslocados ao norte de Gaza e um aumento na ajuda humanitária, isto poderá abrir caminho para um acordo (sobre uma trégua) nas próximas 24 a 48 horas”, disse o alto funcionário, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.
As negociações entre as duas partes são retomadas hoje no Cairo.
No sábado, um alto funcionário da administração norte-americana afirmou, por seu lado, que Israel aceitou genericamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, bem como a libertação de reféns, cabendo agora ao Hamas concordar com a proposta.
Os israelitas aceitaram um princípio de acordo, que inclui o cessar-fogo de seis semanas em Gaza, bem como a libertação pelo Hamas dos reféns considerados vulneráveis, incluindo doentes, feridos, idosos e mulheres, disse o responsável, citado pela agência Associated Press.
“Os israelitas subscreveram basicamente os elementos do acordo. Neste momento, a bola está no campo do Hamas e nós continuamos a insistir tanto quanto possível”, acrescentou o responsável norte-americano, que também pediu o anonimato.
Cerca de 250 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza durante o ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, a 07 de outubro, que causou a morte de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Segundo as autoridades israelitas, 130 reféns continuam detidos em Gaza, 31 dos quais terão morrido, após a libertação de 105 reféns em troca de 240 palestinianos durante uma primeira trégua no final de novembro.
Em represália ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas e a sua ofensiva militar já matou mais de 30.300 pessoas em Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
De acordo com a fonte próxima do movimento islamita, o Hamas exige igualmente a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados de Gaza ao norte do território e a entrada de ajuda humanitária para a população ameaçada pela fome, no âmbito das negociações para uma trégua.
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