O produtor, de 66 anos, apresentou-se hoje em tribunal, em Nova Iorque, onde declarou inocência perante novas acusações de crimes sexuais graves. No total, está acusado de seis crimes, como agressão predatória e violação em primeiro e terceiro graus, relacionados com três mulheres.

"Lutamos contra estas batalhas um dia de cada vez, e hoje vencemos este combate", afirmou o advogado Ben Brafman à saída do tribunal, a propósito da libertação do produtor sob fiança, embora admita que possam surgir novas acusações.

Citado pela agência Associated Press, o procurador distrital Cyrus Vance Jr., afirmou que Harvey Weinstein está acusado de "alguns dos mais graves crimes sexuais" consignados na lei do estado de Nova Iorque e que, em alguns casos, são punidos com prisão perpétua.

As acusações estão relacionadas com casos ocorridos em 2004, 2006 e 2013.

O produtor norte-americano entregou-se no passado dia 25 de maio às autoridades em Nova Iorque, no âmbito de uma investigação judicial sobre agressões e abuso sexual, tendo saído em liberdade com pulseira eletrónica, depois de pagar uma caução de um milhão de dólares (864 mil euros). Na altura, as acusações pendiam sobre casos envolvendo oficialmente duas mulheres.

Na semana passada foi formalmente acusado por causa de uma terceira mulher, somando agora no total seis acusações.

As primeiras denúncias públicas contra Harvey Weinstein surgiram em outubro passado, com mais de uma centena de mulheres a testemunharem que o produtor de Hollywood tinha abusado sexualmente delas.

O escândalo desencadeou a campanha #Time’sUp, que levou à queda de centenas de homens em lugares de poder de numerosos setores, e ao movimento #metoo, com outras mulheres a denunciarem publicamente terem sofrido situações de abuso sexual.

Depois das primeiras denúncias, Harvey Weinstein foi afastado da empresa norte-americana Weinstein Company, que cofundou, e banido de várias associações, nomeadamente da Academia de Cinema dos Estados Unidos, que atribui os Óscares.

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