“Ao longo da última semana […] houve um reforço da ação de resistência na frente libanesa, devido ao número de operações, ao número de objetivos visados e também às armas utilizadas”, assegurou o chefe do grupo pró-iraniano.
“Pela primeira vez na história da resistência no Líbano, estamos a usar ‘drones suicidas'”, explicou Hassan Nasrallah, referindo-se aos ataques a alvos em Israel, num discurso televisionado.
O Hezbollah, acrescentou, também usou nos últimos dias, pela primeira vez, “mísseis Burkan, que podem transportar cargas explosivas de 300 a 500 quilos”.
O líder do Hezbollah revelou que o movimento está preparado para enviar diariamente ‘drones’ de reconhecimento para o interior de Israel, “alguns dos quais chegam a Haifa, Acre e Safed”.
Nasrallah também criticou os Estados Unidos, responsabilizando este país pela guerra entre Israel e o Hamas, e disse que Washington teria capacidade para impedir os excessos de Telavive nos ataques em Gaza.
Nos últimos dias, tem havido trocas diárias de tiros entre o Hezbollah e Israel na zona fronteiriça entre os dois países, no âmbito da guerra desencadeada pelos ataques perpetrados em 07 de outubro em solo israelita pelo grupo islamita Hamas.
Hassan Nasrallah acrescentou que o Hezbollah também usou foguetes Katyusha para bombardear o território israelita, em resposta às mortes de civis – uma mulher e as suas três netas – num ataque israelita em 05 de novembro no sul do Líbano.
Contudo, o líder libanês não assumiu a responsabilidade pelo ataque de ‘drones’ que atingiu a cidade de Eliat, no mar Vermelho, na quinta-feira.
Pelo menos 90 pessoas foram mortas no lado libanês durante confrontos transfronteiriços, a maioria delas combatentes do Hezbollah, enquanto seis soldados e dois civis foram mortos do lado israelita.
RJP // ROC
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