Um homem morreu e pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, incluindo o jogador espanhol Pablo Marí, do Monza, após o ataque com faca de um homem com problemas psiquiátricos num hipermercado no centro comercial Assago, Milão, divulgaram hoje as autoridades italianas.

O suspeito do ataque, um italiano de 46 anos, que sofre de distúrbios psiquiátricos, foi detido pelos Carabinieri (polícia italiana) momentos após o ataque, referiu a agência de notícias italiana ANSA.

De acordo com a RAI, o homem esfaqueou cinco pessoas. Três dos cinco feridos estão em estado grave, tendo sido necessária a intervenção de um helicóptero de emergência médica para fazer o transporte ao hospital.

As autoridades italianas dizem que o atacante obteve a arma branca dentro de um supermercado Carrefour e esfaqueou cinco clientes do mesmo espaço.

O presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, adiantou através da rede social Facebook que um jovem funcionário do hipermercado morreu e que os restantes feridos não pareciam correr perigo de vida. Segundo o La Gazzetta Dello Sport, a vítima mortal trata-se de um homem de 30 anos, funcionário do Carrefour.

A cadeia Carrefour manifestou em comunicado “a máxima solidariedade aos funcionários e clientes envolvidos no ataque e às suas famílias" e confirmou que a polícia foi imediatamente chamada e que o assaltante foi detido.

A empresa também ativou imediatamente “um serviço de apoio psicológico para todos os funcionários direta ou indiretamente envolvidos no incidente”.

Os Carabinieri confirmaram que uma das pessoas atingidas é o futebolista Pablo Mari, que joga no Monza. O espanhol, que foi treinado por Jorge Jesus no Flamengo, tem contrato com o Arsenal, tendo sido emprestado esta época aos italianos, que jogam na Serie A.

O jogador foi transportado para o hospital Niguarda, em Milão, encontrando-se consciente, sendo que o seu estado não é grave, segundo a ANSA.

À entrada do hospital, Adriano Galliani salientou que o futebolista espanhol, de 29 anos, lhe confidenciou que teve sorte, pois viu uma pessoa morrer à sua frente, depois de ter sido ferido nas costas.

Galliani explicou que o defesa valenciano sofreu “um ferimento bastante profundo nas costas", mas "não corre perigo" pois não atingiu órgãos vitais, mas necessitou de vários pontos.

O dirigente acrescentou que o defesa está “lúcido” e até brincou a dizer que “iria jogar na segunda-feira”, referindo que a polícia italiana se deslocou ao hospital para recolher o depoimento da mulher do jogador.

Já o presidente da Série A, Lorenzo Casini, manifestou as “sinceras condolências à família da vítima” e para com “os outros feridos, incluindo um jogador do Monza".

Testemunhas no local relataram que não deram conta sobre o que estava a acontecer. "Agora que estamos longe do local, estamos mais calmos, mas estávamos realmente apavorados, não entendíamos o que estava a acontecer, vimos muitas pessoas a correr", disse à ANSA, uma testemunha que estava no shopping, quando se deu o ataque.

Segundo as autoridades, ainda não foram apurados os motivos deste ataque nem as circunstâncias sob as quais ocorreu.

Após as agressões, o homem foi manietado por alguns clientes e posteriormente detido pela polícia. A hipótese de ter sido um ataque com motivações religiosas ou políticas está descartada, sendo mais provável que tenha ocorrido devido a alterações psíquicas ou transtornos mentais por parte do atacante.

(notícia atualizada às 23h30)

*com Lusa