"É um local de acolhimento que devia ter três pessoas, mas que tinha nove [utentes] e, efetivamente, uma das pessoas foi diagnosticada com covid positivo", disse à Lusa a delegada de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, Maria dos Anjos Esperança.

O utente daquele espaço, na freguesia de Atalaia, um idoso acamado, "já não está no lar e a Autoridade de Saúde já tomou as medidas necessárias e articulou com a autarquia e a Segurança Social, e as pessoas estão a ser devidamente acompanhadas", afirmou Maria dos Anjos Esperança.

Contactado pela Lusa, o presidente do município de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire, adiantou que "o doente encontra-se já hospitalizado e os outros oito utentes daquele espaço clandestino vão ser sujeitos a testes na terça-feira", testes que serão "extensíveis aos funcionários que fazem o acompanhamento habitual" a estes idosos.

"O lar onde estavam os nove idosos não estava licenciado pela Segurança Social e estava a laborar, pelo que se encontra ilegal", declarou Fernando Freire, esclarecendo que o diagnóstico positivo ao idoso "foi apurado em estabelecimento hospitalar", estando o utente infetado hospitalizado e os outros oito idosos "confinados naquele local, até fazerem os testes de diagnóstico na terça-feira".

Para o autarca, as principais preocupações relativas a esta situação, "além da ilegalidade", é a de "representar um perigo para a saúde e a segurança dos seus utentes”, uma vez que “o lar não possui alvará e não têm acordos com a Segurança Social”, logo “as condições de ajudas técnicas, saúde, ajudas sociais e de conforto serão muito primárias".

“Segundo informação médica, [o lar] irá permanecer aberto até à conclusão definitiva dos testes, mas em isolamento social, sem prejuízo das medidas a implementar pelas autoridades competentes", acrescentou Fernando Freire.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 696 mil infetados e

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

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