Em 13 de dezembro, as partes beligerantes acordaram um cessar-fogo em toda a província de Hodeida e uma retirada de tropas da disputada cidade portuária no Mar Vermelho.

O acordo obtido previa uma retirada das forças governamentais e rebeldes da cidade e do porto de Hodeida, controlados pelos huthis, mas alvo de uma ofensiva da coligação internacional sob comando saudita.

A ONU ficou então encarregada de desempenhar um “papel-chave” no controlo daquele porto no Mar Vermelho, por onde passa a maioria da ajuda humanitária destinada ao Iémen.

Mas, quatro meses depois, os membros do Conselho de Segurança da ONU veem “com preocupação a violência contínua que pode ameaçar o cessar-fogo em Hodeida”, lê-se na declaração divulgada esta quarta-feira.

O Iémen regista um devastador conflito após a intervenção de uma coligação árabe sob comando saudita em março de 2015, em apoio às forças pró-governamentais contra os rebeldes huthis.

As forças insurgentes são apoiadas pelo Irão, o grande rival xiita da Arábia Saudita sunita no Médio Oriente.

Segundo as Nações Unidas, este conflito provocou a maior catástrofe humanitária no mundo, com um balanço de mais de 10.000 mortos.

Diversas organizações não-governamentais consideram, contudo, que o balanço das vítimas é muito superior.