Em declarações aos jornalistas nos passos perdidos do parlamento pouco antes do debate em plenário, por marcação do PS, sobre vários projetos de resolução acerca da linha ferroviária de alta velocidade Porto–Lisboa, o presidente da IL, Rui Rocha, referiu que o partido tem sobre este tema “uma posição muito clara já desde há muitos anos”, que estava já no programa eleitoral que apresentou às últimas legislativas e que vai voltar a estar no das próximas eleições de março.
“A Iniciativa Liberal é um partido de velocidade alta e apoia sem nenhuma reserva o projeto de alta velocidade”, sintetizou.
Esta posição favorável, de acordo com o líder liberal, prende-se com o facto de a “alta velocidade encurtar as distâncias no país”, ao mesmo tempo que aumenta a mobilidade e as oportunidades de crescimento de Portugal.
“Onde o PS durante nove anos arrastou os pés e onde o PSD nos últimos tempos parece ter hesitado, a Iniciativa Liberal avança e avança para a alta velocidade com convicção de que é uma obra estrutural para o país”, defendeu.
Segundo Rui Rocha, não há pela parte da IL “nenhuma dúvida, nenhuma reserva, nenhuma hesitação no que diz respeito àquilo que é a importância estrutural da alta velocidade para o desenvolvimento do país”.
“O PS agora traz esse projeto de resolução tentando fazer crer que não podia ter feito mais antes e avançado mais depressa. Claro que podia. O PS a única coisa que fez foi arrastar os pés”, criticou.
Apesar destas críticas, o presidente liberal adiantou que o partido vai votar a favor, mas reiterou que “o mais importante é mesmo o desígnio da construção desta infraestrutura”.
“Não havendo nenhuma dúvida da parte da IL sobre a importância da alta velocidade e parecendo evidente, face a estas informações, que para termos essa posição privilegiada no acesso aos fundos é necessário avançar com o concurso nos próximos dias, é essa também a posição da IL sem nenhuma hesitação”, explicou.
Hoje de manhã, numa nota enviada à Lusa e assinada pelo vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz, o partido liderado por Luís Montenegro anunciou que vai votar a favor da resolução do PS para arrancar com o concurso da linha de alta velocidade Porto-Lisboa porque “nunca será um entrave” ao desenvolvimento, mas remeteu responsabilidades da solução para os socialistas.
Hoje, no parlamento, vai a votos uma resolução do PS, que recomenda o desenvolvimento das diligências conducentes ao início do concurso da linha de alta velocidade Porto-Lisboa, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter defendido que seria necessário que Portugal apresente o concurso até final de janeiro para não perder a possibilidade de um financiamento até 750 milhões de euros da União Europeia.
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