Em declarações à Lusa, a presidente da Câmara de Abrantes, no distrito de Santarém, disse que durante a noite "não se registaram incidentes com pessoas ou habitações" e as condições atmosféricas, como "a baixa das temperaturas, a redução do vento e a o aumento da humidade, permitiu realizar muito trabalho com resultados", estando o fogo a começar a ceder aos meios no terreno.
O fogo chegou a estar, ao final da tarde de quinta-feira, "dentro da cidade", mas durante madrugada "não existiu qualquer perigo", reforçou Maria do Céu Albuquerque.
"A frente ativa está na zona da Pucariça, freguesia de Rio de Moinhos, mas a zona está controlada, embora com alguns reacendimentos e muito trabalho de rescaldo e consolidação já está a ser feito. Resta aguardar para perceber como decorrem as próximas horas", disse Maria do Céu Albuquerque.
De acordo com a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), dois meios aéreos pesados estavam a operar no terreno, tendo a presidente da Câmara de Abrantes afirmado à Lusa contar com um total de " cinco aviões e um helicóptero" para o combate esta manhã.
O incêndio, que deflagrou às 18:14 de quarta-feira em Aldeia do Mato, União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, no concelho de Abrantes, mobilizava por volta das 09:00, um total de 732 operacionais, apoiados por 239 viaturas e dois meios aéreos pesados.
No decurso deste incêndio, uma habitação ardeu totalmente, tendo a família de cinco pessoas sido "já realojada na casa paroquial", acrescentou.
Seis aldeias foram evacuadas parcialmente, tendo cerca de 50 pessoas sido transferidas para locais mais seguros, como o Regimento de Apoio Militar de Emergência" (RAME), no Quartel Militar de Abrantes.
O incêndio que lavra na zona de Abrantes levou na quinta-feira ao corte da Autoestrada da Beira Interior (A23) em ambos os sentidos, mas a circulação foi restabelecida às 23:05.
Em Abrantes, segundo a página da ANPC, estão cortadas ao trânsito diversas vias, nomeadamente a Estrada Nacional (EN) 3, a EN 358, a Estrada Municipal (EM) 544, e a EM 1212-1.
Comentários