"Parte da fábrica vai ter de ser demolida. Em alguns locais o piso cedeu com a temperatura. Um terço da fábrica está totalmente destruída. Uma parte junto aos escritórios, onde tinha muita maquinaria, praticamente desapareceu", disse Francisco Nova.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim afirmou "ainda não ser possível apurar as causas do incêndio", mas a suspeita inicial recai "num curto-circuito” que terá provocado "danos materiais muito avultados".

Segundo Francisco Nova, não há feridos a registar, uma vez que o fogo deflagrou fora da hora do expediente, tendo o alerta sido dado para a corporação pelo proprietário.

"Recebemos o alerta às 20:45, pelo dono da empresa, que através do alarme soube do foco de incêndio nas instalações. Deslocámos todos os meios necessários e quando chegámos ao local percebemos logo que parte da fábrica estava tomada pelas chamas", referiu o comandante.

Devido aos "vários materiais inflamáveis" no interior da empresa que deram volume ao incêndio e ao facto de estar localizado num polo industrial, foram acionados, além dos bombeiros voluntários da Póvoa de Varzim, elementos das corporações vizinhas de Vila do Conde, Trofa, Moreira da Maia e Barcelinhos.

No local estiveram 67 bombeiros apoiados por mais de 20 viaturas, além de elementos da GNR, da Polícia Municipal e da Proteção Civil da Póvoa de Varzim.

A fábrica tinha recentemente anunciado um investimento de um milhão de euros para ampliar as suas instalações e aumentar a capacidade produtiva, tendo no início deste ano inaugurado parte de uma nova área, de cerca de 1.500 metros quadrados, que iria acrescentar 10 postos de trabalho aos 40 existentes.

A empresa tem a sua atividade na construção de painéis solares termodinâmicos de última geração, exportando quase toda a produção para a Europa Central, Médio Oriente e Oceânia.