Fontes dos serviços de socorro informaram que uma mulher, com 89 anos, morreu em Calimesa, a uma centena de quilómetros a leste de Los Angeles, quando um incêndio atingiu um parque de caravanas residenciais onde ela habitava.
Um homem, com cerca de 50 anos, morreu de ataque de coração, quando procurava salvar a sua casa de um outro incêndio, que deflagrou 20 quilómetros a norte de Los Angeles.
Alimentado por ventos quentes e secos, típicos da época, este braseiro progredia a 300 hectares por hora, detalhou o chefe dos bombeiros da metrópole (LAFD, na sigla em inglês), Ralph Terrazas.
A meio do dia, o fogo já tinha consumido três mil hectares e tinha sido dada a ordem de retirada de 100 mil pessoas de suas casas. Pelo menos, 25 habitações foram destruídas ou afetadas, segundo o último balanço dos bombeiros.
O incêndio já forçou o encerramento de várias autoestradas, estabelecimentos comerciais e escolas.
O chefe da polícia de Los Angeles, Michel Moore, mobilizou 250 agentes para retirar aquelas pessoas de cerca de 23 mil habitações.
“Se permanecerem nas zonas que devem ser evacuadas, não podemos garantir a vossa segurança”, sublinhou, pedindo aos habitantes que respeitem as ordens e se desloquem para os centros de acolhimento de urgência que foram instalados na metrópole californiana.
Moore já avisou que o incêndio não vai ser controlado tão depressa quanto se desejaria.
“Dir-se-ia que isto está a ser a regra na Califórnia”, lamentou Oscar Mancillas, um habitante de Sylmar, que olhava, impotente, as chamas a consumirem as colinas perto do seu domicílio.
A Califórnia tem estado a enfrentar sistematicamente incêndios de grande dimensão em pleno inverno, o que não acontecia até há cerca de 10 anos.
“Infelizmente, é verdade. A época dos incêndios é mais prolongada. Antes, durava três ou quatro meses. Agora, temos situações como esta ao longo de todo o ano”, disse a AFP um dirigente dos bombeiros de Los Angeles, Al Poirier.
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