“Em junho, pedimos apoio, numa base bilateral, a Espanha, França e Itália. Mas foi lamentável para a Europa, porque na primeira semana o único país que nos ajudou foi Marrocos. Os primeiros a chegar foram a força aérea marroquina. Apenas uma semana mais tarde recebemos apoio dos nossos amigos europeus”, apontou Eduardo Cabrita, na sua intervenção no Fórum Europeu de Proteção Civil, que decorre em Bruxelas.

Discursando em inglês, o ministro disse que esta é a razão pela qual a criação de um novo mecanismo europeu de proteção civil é “uma prioridade de topo” para Portugal e o Governo português “está tão empenhado” em apoiar a proposta da Comissão Europeia de criar um sistema de resposta comum europeu com meios próprios.

“Se perguntarem agora a qualquer pessoa em Portugal, a grande prioridade já não é o défice, já não é a dívida publica. Se perguntarem a qualquer pessoa [qual é a prioridade], dir-lhes-á que é a proteção civil, evitar que volte a acontecer algo como no ano passado. Estamos muito empenhados em garantir que algo como o que aconteceu no ano passado ‘nunca mais’, e precisamos do vosso apoio para isso”, declarou.

Em declarações à Lusa antes de se deslocar a Bruxelas, o ministro já anunciara que iria dar conta do “firme empenho” de Portugal na criação de um mecanismo europeu de resposta a riscos de grandes dimensões.

“Vamos manifestar o nosso firme empenho na criação de um mecanismo europeu de resposta a riscos de grande dimensão, que não são só incêndios florestais, mas que podem ser inundações ou epidemias. Para isso, é necessária uma resposta à escala europeia”, disse Eduardo Cabrita à agência Lusa.

O Fórum Europeu de Proteção Civil, que termina na terça-feira, é um evento público organizado pela Comissão Europeia sobre cooperação em matéria de proteção civil.

Segundo Eduardo Cabrita, a principal prioridade da agenda europeia é uma “rápida concretização do novo mecanismo europeu de proteção civil que foi impulsionado e justificado" pelos incêndios em Portugal no ano passado, em que morreram mais de cem pessoas.

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