"O vento muito forte e a orografia essencialmente montanhosa do terreno têm sido os principais inimigos do combate e o grande aliado deste fogo, que não nos tem dado descanso", disse Vítor Pereira.
De acordo com a informação da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o incêndio deflagrou na segunda-feira, na zona da Pedra Figueira, Unhais da Serra, reativou na terça-feira e chegou novamente a estar dominado, mas na quarta-feira à noite voltou a reativar.
Segundo a adjunta nacional de operações da ANPC, Patrícia Gaspar, o fogo "está numa zona com um declive muito acentuado, com muitas pedras, o que dificulta imenso o progresso dos meios no terreno".
A meio da manhã o incêndio mantinha "pelo menos uma frente ativa disseminada por um perímetro muito vasto", acrescentou à Lusa o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que tem estado permanentemente no teatro de operações.
O autarca deste município do distrito de Castelo Branco adiantou ainda que o fogo já avança para a freguesia de Cortes do Meio, também no concelho da Covilhã, depois de durante a noite ter chegado "a estar praticamente dentro de Unhais da Serra".
"Foram momentos muito difíceis e tivemos casas ladeadas pelo fogo, mas felizmente foi possível protegê-las, bem como à população", disse, explicando que não foi necessário proceder à retirada de pessoas da aldeia, apesar de a situação ter chegado a ser pensada.
Vítor Pereira ressalvou ainda que, cerca das 11:15, não havia casas ou populações em risco e mostrava-se esperançado de que, com a chegada dos meios aéreos, seja possível dominar o fogo ainda durante o dia de hoje.
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