“Oito companhias adicionais dos Assam Rifles [Espingardas de Assam, a mais antiga força paramilitar do país] estão a ser colocadas na fronteira entre a Índia e Myanmar [Birmânia] para reforçar a segurança ao longo da linha divisória”, disse aos jornalistas em Aizawl (nordeste) o inspetor-geral desse corpo, general Upendra Dwivedi.
“Atendendo a que Mizoram e outros estados do nordeste partilham uma fronteira porosa com Myanmar, as forças de segurança estão mantêm uma vigilância aérea e terrestre contínua do fluxo de rohingya ilegais ao longo das fronteiras”, afirmou o militar citado pela agência noticiosa indiana IANS.
Perante o crescente fluxo de rohingya que se dirigem para o vizinho Bangladesh, cerca de 400.000 desde o agravamento da violência no estado birmanês de Rakhine, os principais responsáveis pela segurança indianos mantiveram hoje uma reunião em Aizawl.
Segundo a IANS, ao encontro assistiram responsáveis dos Assam Rifles, das Forças de segurança de fronteiras, da Forças de polícia central de reserva, a Polícia regional, e ainda diversas agências dos serviços de informações.
De momento não foi registada qualquer tentativa de entrada de refugiados ‘rohingya na Índia.
Pelo menos 389 mil rohingya cruzaram a fronteira para o Bangladesh desde 25 de agosto, altura em que a violência escalou após uma ofensiva militar lançada na sequência do ataque, nesse dia, contra três dezenas de postos da polícia efetuado pela rebelião, o Exército de Salvação do Estado Rohingya (Arakan Rohingya Salvation Army, ARSA), que defende os direitos daquela minoria muçulmana.
O ARSA declarou, no sábado, um cessar-fogo com a duração de um mês para permitir a entrada de ajuda humanitária, algo que foi rejeitado pelo Governo birmanês.
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