O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Desastres Geológicos (PVMBG, na sigla em indonésio) indicou em comunicado que, após avaliação da atividade do vulcão desde o início do ano, existe o perigo de uma grande erupção.
“Foram observadas chamas e expulsão de material incandescente no pico e fluxos de lava nas fraturas”, nota a agência, sublinhando que a atividade continua “elevada” e está “a aumentar”.
Por este motivo, as autoridades estabeleceram um raio de segurança de cinco quilómetros ao redor da cratera e qualquer atividade turística foi proibida.
Num comunicado de imprensa, o diretor do PVMBG, Hendra Gunawan, apelou aos residentes para usarem máscaras para se protegerem “dos perigos para o sistema respiratório” e para estarem atentos a possíveis inundações à medida que fluxos de lava atinjam os rios.
“As comunidades são instadas a retirar-se imediatamente para locais seguros para evitar as cinzas quentes” do vulcão, disse hoje o dirigente local Benediktus Bolibapa Herin à agência France-Presse (AFP).
As autoridades locais abriram dois abrigos temporários, que acomodam atualmente cerca de cinco mil pessoas, acrescentou Herin.
Desde o início do ano, pelo menos 1.500 habitantes foram retirados de cidades próximas do vulcão devido ao risco de uma erupção como a registada a 01 de janeiro, que gerou uma coluna de cinzas que atingiu mais de 2.500 metros de altitude.
A Indonésia abriga mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 permanecem ativos e 65 são classificados como perigosos.
Em dezembro passado, a erupção do vulcão Merapi, na ilha de Sumatra, causou a morte de 23 pessoas.
A Indonésia tem quase 130 vulcões ativos e fica dentro do chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica que é abalada por cerca de sete mil sismos por ano, a maioria deles de pequena magnitude.
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