“Na manhã do dia 7 de outubro de 2023, a organização terrorista Hamas iniciou um brutal ataque contra a população israelita, disparando milhares de rockets contra vários pontos do país e invadindo este território por via terrestre, marítima e aérea, violentando a população que aí se encontrava, tendo assassinado e feito reféns civis israelitas e cidadãos estrangeiros de várias nacionalidades numa operação de terror de forma indiscriminada”, pode ler-se no projeto de voto de condenação dos liberais a que a agência Lusa teve acesso.

Na opinião da IL, este é “um perigoso revés nos esforços de paz na região” e adia “ainda mais uma solução pacífica para o conflito”, defendendo que “o Estado de Israel tem o direito de defender a sua população contra esta bárbara ofensiva”.

O objetivo dos liberais é que a Assembleia da República portuguesa condene “veementemente os ataques perpetrados pelo Hamas contra a população civil israelita e contra os cidadãos estrangeiros de várias nacionalidades”.

A IL quer ainda que o parlamento manifeste “a sua solidariedade para com a população de Israel” e reconheça “o direito de Israel a defender-se destes ataques”.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza – incluindo dezenas de menores e mulheres – o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.