A greve foi convocada pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e pela Federação Nacional de Inspetores do Estado (FNIE), estando prevista uma concentração de dirigentes, delegados e ativistas sindicais em frente à Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, cerca das 11:00.
Segundo disse o dirigente da FESAP José Abraão à Lusa, em causa estão cerca de 700 trabalhadores das inspeções externas do Estado de várias áreas, como é o caso da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ou da Segurança Social.
José Abraão espera "algumas centenas de delegados, dirigentes e ativistas sindicais" na concentração, prevendo que a greve tenha "mais impacto nos serviços de maior dimensão, como é o caso da inspeção do trabalho, da Segurança Social, dos jogos e casinos e também da veterinária".
"A ideia [com a greve] é levar as pessoas a participarem na concentração", adiantou o dirigente sindical.
As federações sindicais consideram que a proposta do Governo “representa um retrocesso e uma clara desvalorização das carreiras face ao atual regime”, ao estabelecer apenas carreiras unicategoriais com 14 posições remuneratórias, e integrar o suplemento remuneratório inspetivo de 22,5% no salário base.
A proposta fará com que “a maioria” dos trabalhadores seja colocada “numa posição remuneratória virtual, podendo ficar até 10 anos sem qualquer progressão na carreira e passando a auferir rendimentos inferiores aos atuais”, dizem as federações.
As duas estruturas sindicais defendem carreiras pluricategoriais “que permitam progressões e promoções” dos inspetores.
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