“Neste momento, estimamos perdas, para os seguros, de quatro a cinco mil milhões de euros”, disse Jörg Asmussen, diretor-geral da federação de seguradoras alemãs, num comunicado.
Estes números confirmam este desastre natural, que afetou sobretudo as regiões da Renânia, como “um dos mais devastadores do passado recente”, acrescentou Asmussen.
Quase todos os moradores de residências unifamiliares e coletivas no país estão protegidos contra os riscos de tempestades e granizo, mas “apenas 46% estão protegidos contra outros riscos naturais como chuvas fortes e inundações”, explicou o diretor-geral da federação de seguros.
Também há fortes disparidades entre as regiões: na Renânia-Palatinado, apenas 37% dos segurados estão cobertos pelos perigos de desastres naturais, e 47% na Renânia do Norte-Vestfália, contra 94% em Baden-Württemberg, onde a cobertura era obrigatória até 1993.
O mais recente recorde em termos de indemnizações por sinistros de segurados datava de agosto de 2002, com 4,65 mil milhões de euros, após a enchente do Elba no leste do país, quando severas condições climáticas afetaram toda a Europa Central.
Entretanto, o Governo alemão já anunciou que pretende fortalecer o sistema de alerta à população, após as deficiências dos sistemas de proteção civil detetadas durante estas inundações, que mataram pelo menos 170 pessoas.
O ministro do Interior, Horst Seehofer, disse que será feita uma tentativa de introduzir um sistema de alerta por meio de mensagens de texto em dispositivos móveis, que complementem as mensagens digitais e acústicas.
Seehofer disse estar confiante de que o sistema de alerta por mensagem de texto (SMS) pode entrar em vigor antes das eleições gerais de 26 de setembro, se puder ser demonstrado que é tecnicamente viável.
Embora o Serviço Meteorológico Alemão tenha emitido mais de 150 alertas entre segunda e quarta-feira da semana passada, as enchentes causadas por chuvas fortes e constantes surpreenderam muitas pessoas nas suas casas, sem que tenham sido avisados da situação.
O ministro do Interior admitiu que o sistema de sirenes com que o território ainda se encontra equipado foi parcialmente desmantelado nos últimos anos e que, prova disso, foram as falhas detetadas em 2020, no primeiro exercício de emergência nacional desde a reunificação do país, há 30 anos.
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