Numa conferência de imprensa na capital síria, Damasco, onde iniciou uma visita de dois dias, o ministro iraniano Hossein Amirabdollahian ameaçou que “as práticas criminosas da entidade sionista [Israel] na região não permanecerão sem retaliação”.

Na segunda-feira, um ataque aéreo israelita danificou o aeroporto de Aleppo, colocando a pista fora de serviço.

O aeroporto foi alvo de vários ataques este ano, incluindo dois ataques em março, que também forçaram o seu encerramento.

Israel realizou nos últimos anos centenas de ataques contra alvos dentro de partes da Síria controladas pelo governo, mas raramente reconhece ou discute este tipo de operações.

Frequentemente, os ataques têm como alvo forças militares sírias ou grupos apoiados pelo Irão.

Teerão tem sido um dos principais apoiantes do regime sírio desde que a revolta de 2011 se transformou numa guerra civil total e enviou milhares de combatentes apoiados para a Síria, ajudando o Presidente Bashar al-Assad a manter-se no poder.

Israel tem como alvo aeroportos e portos marítimos nas partes da Síria controladas pelo governo, numa aparente tentativa de impedir o envio de armas do Irão para grupos militantes apoiados por Teerão, incluindo o Hezbollah do Líbano.

O responsável iraniano disse também hoje ter recebido uma mensagem do seu homólogo dinamarquês informando sobre os planos do governo de Copenhaga para propor uma lei que tornaria ilegal a profanação de qualquer livro sagrado na Dinamarca.

Uma recente série de profanações públicas do Corão no país escandinavo por ativistas anti-Islão provocou manifestações violentas em países muçulmanos.

“Saudamos esta medida e aconselhamos a Suécia e outros países europeus a respeitarem as religiões e os livros sagrados”, disse Amirabdollahian, referindo-se ao outro país escandinavo onde se têm registado manifestações anti-Islão.

Para os muçulmanos, a queima do Corão representa uma profanação do texto sagrado da sua religião.