De acordo com a mesma agência semi-oficial, o Tribunal Revolucionário iraniano acusou o investigador de cooperação com as embaixadas europeias no apoio e promoção da homossexualidade e de visitar Israel como repórter para a estação da BBC.

Também foi acusado de cooperação e comunicação com “meios de comunicação social estrangeiros hostis”, tentativas de infiltração para mudar a lei do país e enviar falsa informação para o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos Humanos no Irão.

A acusação indicou que Ahmady tem o direito de recorrer da decisão nos próximos 20 dias.

Em outubro de 2019, o Irão admitiu ter detido o investigador por suspeita de ligações a institutos afiliados com serviços de informação estrangeiros.

A mulher de Ahmady, Shafagh Rahmani, e vários ativistas, anunciaram que foi detido em agosto daquele ano, ao mesmo tempo que uma organização com base em Nova Iorque, num relatório sobre Direitos Humanos no Irão, revelava que o trabalho do investigador estava a ser desenvolvido em áreas “politicamente sensíveis, como o casamento infantil, condição LGBT e mutilação genital feminina”.

Foi libertado em novembro de 2019, sob caução, desconhecendo-se se permanecia em liberdade.

Viajar para Israel e a homossexualidade são ilegais no Irão e os transgressores podem ser condenados a cinco anos de prisão no primeiro caso, ou a pena de morte se tiverem relações sexuais com alguém do mesmo sexo, mas nos últimos anos não há registo de casos.