“É importante o atraso do lado dos EUA em dar a sua resposta, [enquanto] nós reagimos a tempo”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, na habitual conferência de imprensa semanal.
Em 16 de agosto, a União Europeia (UE) e os EUA anunciaram estar a rever a resposta de Teerão a um “texto final” proposto pelos europeus, depois de o Irão ter dito que tinha apresentado as suas “propostas finais”.
“O governo dos EUA é responsável pela situação atual. Se ele mostrar a sua determinação política na prática (…) e agir de forma responsável, podemos dar o próximo passo”, acrescentou Kanani.
Após vários meses de impasse, as conversações recomeçaram a 04 de agosto em Viena, Áustria, para mais uma tentativa de salvar o acordo internacional concluído em 2015 entre o Irão e seis potências internacionais (EUA, Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia).
O pacto visa garantir a natureza civil do programa nuclear do Irão, acusado de procurar desenvolver armas nucleares apesar de negar tal objetivo.
Depois da retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo, em 2018, sob o impulso do então Presidente norte-americano, Donald Trump, e da reposição das sanções norte-americanas, Teerão afastou-se gradualmente das suas obrigações.
O objetivo das conversações em curso em Viena, nas quais os EUA participam indiretamente, é retomar os termos do protocolo internacional.
Em 26 de julho, o chefe da diplomacia europeia e coordenador do dossiê sobre a questão nuclear iraniana, Josep Borrell, apresentou um projeto de compromisso e apelou às partes envolvidas nas conversações para que aceitassem o texto, de forma evitar uma “crise perigosa”.
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