“Os norte-americanos não perceberam o grande erro que cometeram (…). Sem dúvida, os Estados Unidos são muito mais odiados hoje (do que antes) entre o povo do Irão e do Iraque”, disse Rohani, durante uma reunião com a família do general.

O Presidente iraniano disse que “os jovens iranianos seguem e amam o caminho” traçado pelo comandante da força de elite iraniana Al-Quds e, portanto, no Irão “serão criados, se Deus quiser, dezenas de generais Soleimani”.

“A vingança do sangue do mártir Soleimani ocorrerá no dia em que virmos que, com a continuidade da luta, será cortada para sempre a mão maligna dos EUA na região”, afirmou ainda Rohani, segundo um comunicado da Presidência iraniana.

Segundo Rohani, o ataque realizado em Bagdad pelos Estados Unidos “permanecerá na história dos seus maiores crimes inesquecíveis contra a nação do Irão”.

O Presidente enfatizou que Soleimani, de 63 anos, “não era apenas um comandante de guerra e um importante planeador de operações, mas também um político e estratega excecional e talentoso”.

Horas antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamad Javad Zarif, disse que o assassínio de Soleimani levaria à “retirada” de tropas norte-americanas da região do Médio Oriente.

O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.

No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras seis pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.