“O exercício visa enviar uma mensagem de aviso séria aos inimigos e àqueles que tentam prejudicar os interesses do Irão por mar ou terra”, disse o almirante Habibola Sayyari, chefe das manobras, de acordo com a agência noticiosa local Tasnim.
As manobras militares, denominadas Zolfaqar-1400 (Espada), cobrem uma área de um milhão de quilómetros quadrados a sudoeste do Irão, numa área delimitada pelo Estreito de Ormuz, o mar de Omã e o norte do oceano Índico.
Nas manobras participam tropas e unidades blindadas nas zonas costeiras, submarinos, navios de guerra e lanchas no mar, e drones, caças e helicópteros para cobertura aérea.
A demonstração de força surge depois de o Irão ter acusado os EUA na quarta-feira de sequestrar um petroleiro e tentar “roubar” a sua carga de petróleo no mar de Omã, uma ação que foi impedida pela Guarda Revolucionária.
A força de elite do Irão impediu o “roubo” com a abordagem em 24 de outubro do cargueiro com que os EUA tentaram supostamente roubar o petróleo e levaram-no para um porto do país.
O Governo dos EUA considerou a acusação iraniana “falaciosa”, mas salientou que em 24 de outubro a Marinha dos EUA monitorizou as forças iranianas a embarcar ilegalmente e a apreender um navio mercante nas águas internacionais do golfo de Omã sem interferir no incidente.
Estas acusações surgiram horas antes de o Irão e a União Europeia anunciarem o reinício das negociações em Viena para salvar o pacto nuclear de 2015 em 29 de novembro, depois da interrupção de cinco meses das negociações devido às eleições presidenciais iranianas.
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