"A Assembleia da República saúda a determinação da União Europeia e dos restantes signatários de permanecerem vinculados ao acordo nuclear assinado em 2015 e exorta-os a respeitarem os compromissos assumidos nesse âmbito", é referido no texto.

No documento do PS lê-se também que, "lamentavelmente, o Presidente dos EUA decidiu abandonar o acordo (...), estabelecendo novamente sanções ‘reforçadas' ao Irão e a quem apoie o regime iraniano".

Os textos do PCP, de "repúdio" pela atitude norte-americana, e do PEV, de "condenação pela desvinculação", foram rejeitados com votos contra das bancadas de PSD, PS e CDS-PP.

O texto dos comunistas, que instava o Governo a "rejeitar qualquer nova escalada de ingerência no Médio Oriente", mereceu os votos favoráveis do BE, PEV, PAN e de três deputados do PS (Paulo Trigo Pereira, Wanda Guimarães e Joana Lima), além de abstenções dos também socialistas Sérgio Sousa Pinto, Porfírio Silva, Isabel Moreira, Margarida Marques e Catarina Marcelino.

Já o documento de "Os Verdes", que teve os votos favoráveis das bancadas do BE, PCP e PAN, obteve ainda o apoio de 12 deputados do PS, incluindo o do presidente do parlamento em exercício, Jorge Lacão.

Sérgio Sousa Pinto, Bacelar de Vasconcelos, Porfírio Silva, Isabel Moreira, Paulo Trigo Pereira, Helena Roseta, Ascenso Simões, Margarida Marques, Wanda Guimarães, Joana Lima e Catarina Marcelino foram os outros parlamentares do PS que votaram a favor do texto ecologista.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na terça-feira o abandono do acordo nuclear assinado entre o Irão e o grupo 5+1, constituído pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha.

O acordo, concluído em 2015, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.