António Guterres disse, num relatório para o Conselho de Segurança a que a agência noticiosa norte-americana Associated Press teve acesso na quarta-feira, que as Nações Unidas estão a investigar a possível transferência de mísseis balísticos para os rebeldes huthis xiitas no Iémen, que podem ter sido usados nos lançamentos dirigidos à Arábia Saudita, efetuados a 22 de julho e a 04 de novembro.
O relatório analisa a implementação de uma resolução da ONU em apoio do acordo nuclear de julho de 2015 e no documento António Guterres sublinhou que o acordo alcançado entre o Irão e as seis potências mundiais (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) é “a melhor forma” de garantir a natureza pacífica do programa nuclear iraniano.
Para o secretário-geral da ONU, a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciada a 13 de outubro, de não certificar o acordo gerou uma “incerteza considerável” em relação à sua continuação.
“Sinto-me tranquilo desde que os Estados Unidos manifestaram o compromisso de se manterem, por agora, no acordo”, afirmou António Guterres, apesar de Trump ter deixado em aberto a possibilidade de se retirar do mesmo.
O secretário-geral da ONU sublinhou o apoio dado ao tratado com o Irão pelos restantes signitários, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha, União Europeia e vários outros países.
De acordo com o documento, Guterres reiterou a necessidade de “os Estados Unidos manterem os seus compromissos em relação ao plano”, e pediu a Washington para considerar “as vastas implicações para a região antes de tomar qualquer posição no futuro”.
Da mesma forma, o Irão “deve ter em conta as preocupações manifestadas por outros participantes no acordo”, sublinhou o secretário-geral da ONU.
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